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Mostrando postagens de julho, 2012

Teoria blá: meta teoria

Inúmeras teorias se propõem a explicar as relações sociais; suas pechas, suas validades. Algumas nada fazem além de observar o passado de um grupo ou determinada circunstância relacional e sentenciar que o futuro não lhe será muito diferente; outras usam equivalente arquétipo baseando-se em dados estatísticos para proporem seus vaticínios. Ainda temos aquelas que pintam o homem com um romantismo essencialista metafísico, sendo não mais um estudo do passado, mas uma prospecção do "deve ser assim" num plano ulterior. Inversamente proporcional a existência condiciona o homem ao agora e determina o   carpe diem  salvaguardando o egoísmo de qualquer queixa, pois a minha necessidade é também a do outro e se ele está bem é porque é mais esperto e merece; será? Não se pode dizer que haja nelas somente 'erro' uma vez que a quase totalidade dos homens não sabem viver sem as razões que outros lhe dão para existir e construir, ou melhor, sem as razões que o fundam: o domínio e

Carta aos brasileiros

Devemos exigir educação pública de qualidade - afinal somos nós que pagamos essa conta. Esse modelo pautado nas necessidades do mercado tende a forjar cidadãos técnicos e acríticos em todos os níveis da sociedade. Estes cidadãos logo lotarão as câmaras e assembleias defendendo tecnicamente sua conta bancária (ou os políticos de sua cidade mostram-se diferentes?). Quando conseguirmos que maior percentual do PIB (produto interno bruto) seja destinado à educação teremos inúmeros benefícios em longo prazo. Em curto prazo evitaremos que este valor seja "mal versado" como dizem os políticos evitando, assim, chamar seus semelhantes (vulpinos) de larápios do erário. Vamos precisar de um exercito de fiscais (o povo) para acompanhar os milhares de prefeitos e as centenas de milhares de vereadores afoitos, ávidos pelo enriquecimento, pois já descobriram que só tem vantagem financeira neste país quem está ligado ao Estado, seja em cargo concursado seja em cargo eletivo, eis o cami

Conto democrático

Não existe mais no Brasil - há algum tempo - ideologia partidária.  As alianças feitas de norte a sul neste momento que antecede as eleições (municipais de 2012) mostram que os partidos não buscam vitórias nos pleitos eleitorais a fim de propor a população um modelo ideológico diferente de quem se lhe opõe.  Que grande propósito justificaria a união de partidos ditos de direita e outros fingidos de esquerda numa disputa eletiva? Se não algo que não está claramente divulgado, uma vez que - já nas assembleias - até em projetos que beneficiam o povo votam contra alegando ideologia partidária. Então ela existe, mas quando convém... Esse modelo esquisito de falta identidade dos partidos (qual poderíamos chamar de unipartidarismo estatal) é maléfico a pretensão democrática, pois torna as eleições no país um engodo generalizado ou como costumamos dizer: um feito "para inglês ver”.  Enquanto isso a mídia escancara as relações insólitas entre dirigentes sindicais e patrões, empres

10% do PIB à Educação

                    10% do PIB para a Educação Pública Já! A Campanha pelos 10% do PIB voltados à educação está colhendo votos - em todo o país - através do Plebiscito Nacional. Visite este endereço eletrônico e saiba mais sobre este projeto. Participe! ______________________________________________________

Vale Tudo, Deveras Nada Vale!

Após mais uma dessas lutas brutais (resquícios das arenas romanas: uma das formas mais arcaicas do pensamento  europeu sustentando ainda a demonstração do atraso mental das sociedades capitalistas - a começar pela sociedade norte americana que fora a maior patrocinadora desta e de outras formas de massacre da inteligência alheia) um  site dito esportivo  lança a seguinte fotografia, no balão espera-se sugestões dos internautas sobre o que teria pensado, naquele momento, o derrotado. Seu afoito público não tarda em preencher... Risos, escárnios de toda sorte; tudo que espera um caçador quando nota que a seva foi consumida... Não faço parte deste grupo que considera o bárbaro, a demonstração gratuita de violência um tema esportivo, mas não pude conter o "ante" pensar do que foi sugerido.    NÃO PENSOU. "Logo mais terão milhões de imbecis satisfeitos com esse show de horror... Felizes com a desgraça de um combate de boçais, carregados por um riso plástico(patético)e

Profissional bonsai

Não é segredo para ninguém a humanidade se considera "tal" por ter abandonado sua condição animalesca e a partir dai moldado incontáveis modos de convivências. De sistemas políticos a sistemas religiosos; não faltam sistemas dúbios, sem contudo, desvirtuar os seus fins: ostentação, defesa ideológica, busca infrene de algum tipo de prazer (voluptuoso ou fraternal, conquistador ou vingativo, de sobreposição ou anteposição), etc., Os prazeres vertidos em ações têm por fim trazer recompensa aos sentidos. Tornam-se buscas que encaminham subitamente as relações sociais a arquétipos cristalizados de ordenação e hierarquização. Entre outros seus sustentáculos são os diversos tipos de arte e força. O primeiro impele ao homem buscas por prazeres estéticos; o segundo (a força) impõem-se ao homem pelo coletivo para o prazer de um grupo (veja o que dizem Durkheim e Althusser - cada um com uma razão e fim). Assombrosamente encontramos a unificação destes modelos operando em um tipo de

Análise tautológica ou prolepse?

Tudo é a mesma coisa? Ou não? Por outras páginas deste sítio se encontrar a palavra "mesmo", suas variações ou o termo "coisa" vais me dar conta de terrível lapso de memória. Queria, certa vez, tratar de paragrafação, diagramação, estrutura textual, etc.. Disse então aos presentes: - Antes de entrar neste assunto quero que risquem de suas mentes as palavras mais faladas em toda a terra, nem por isso significativas. Na realidade não dizem absolutamente NADA. São elas: "mesma e coisa". Não sou filólogo, mas tenho a impressão que foram criadas por políticos, pois encobrem dezenas de outras possibilidades linguísticas e verdades possíveis. O burburinho de contrários e favoráveis me levou a deixar de lado a diagramação e partir para (particulares) razões lexicais de exterminador de palavras toscas: - Na linguagem oral, talvez, pela nossa incapacidade de arranjar termos condizentes e precisos instantaneamente elas (mesma e coisa) se tornam úte