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Abortei! Y?

Algumas sociedades se destacam na resolução de seus problemas e vivem anos luz frente a outras...
Não nos cabe enumerar, pois já são de seu conhecimento.
Outras sociedades mais parecem amantes de dilemas. Se pensou "Brasil" acertou!
São centenas que permanecem por décadas sem solução aparente. Menoridade penal, hierarquização demasiada das polícias, super salários, estatização, a celebre corrupção pública - privada nas empresas, preconceito velado e, por fim, o aborto. Este último tem sido palco de embates com posições preestabelecidas. Os sujeitos que defendem o "sim" ao aborto alegam direito individual de escolha; até aí perfeito! Aqueles que defendem "não" ao aborto protestam por uma vida subjetiva, um apelo emocional geralmente baseado em preceitos religiosos sem nenhuma aproximação do verdadeiro altruísmo. Como defender e forçar a existência de uma família (mãe e filho) construída de forma eivada (por um estupro, um descuido, um lapso de responsabilidade?) Qual se pretende corrigir!
Ambos os lados erram em não recorrer uma questão simples que antecede a gravidez indesejada! Discutir prevenção, família, gravidez, riscos, controle de natalidade, aumento da pena para estupradores, limitação de 1 aborto (excetuando estupro), etc,. Estas e outras proposições abriria espaço para um debate maduro sobre o direito de abortar (que deve ser uma escolha pessoal seguida de uma avaliação médica, não sua - nem minha, sequer da igreja).
O que é pior: aborto ou abandono; frieza ou ausência; permitir alguém corrigir um erro ou castigar com "vida" os "pais assumidamente insatisfeitos e filhos indesejados"?
O aborto racional (limitado a circunstâncias responsáveis) é uma amputação necessária a futuras famílias desestruturadas (independente de seu nível sócio econômico). Longe de um debate lógico seguem... discutindo "sim" e "não". Um jogo binário. Bem e mal. Pobre Brasil de tudo! Sociedade serviçal ad eternum!

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