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Asno de engenho

Que o homem inventou a Deus muitos negam, mas o paralelo da invenção do Estado e seus tentáculos nos põe em vias de esclarecer essa querela.
O Estado é fruto da consciência do homem assim como seu criador. O homem não suporta a ideia de vazio, de não resolução ou ausência de controle. Deus e Estado são símile. Preenchimento e controle são suas principais vertentes.
Então estamos prestes a vislumbrar que o Estado nada mais é que um apêndice divinal para o plano físico bem arranjado na eterna divisão de classes: clãs e sub clãs, guetos e afins.
A farsas ideológicas são os produtos das prateleiras do "pensar". O conteúdo é desde sempre equivalente e ambivalente; muda-se a embalagem para cada época histórica, mas você jura que é um revolucionário, um profeta ou exemplo à ser seguido: ledo engano.
Um asno de engenho sabe mais sobre o mundo.

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