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Mundo animal

O homem se ressente da necessidade de ser diferente dos animais e para isso auto classificou-se como humano.
O primeiro ato para fugir da condição primata é a invenção de deuses da vida póstuma, pois não aceita sua finitude breve.
Nesta tarefa cada povo, como que em modelo de manada, criou seu Deus.
Assim se divertem tanto com o "bem quanto com o mal". Um deus é uma panaceia.
Sua linguagem o ajuda, apenas, a enganar a si. Um meio não muito inteligente de isentar-se dos danos que provoca aos outros animais.
Deus é uma "super consciência" da linguagem capaz de atravessar gerações, aniquilar povos, substituir outros deuses, determinar modelos existenciais, etc.
Usando a linguagem como ferramenta de engano geral e sob a tutela de um protetor o homem massacra, humilha, sacrifica e devora outros animais. Em seguida busca pureza através de templos que construíram em nome dos limites que seus antepassados criaram.
Sobrepondo qualquer sentimento de culpa pelas mazelas a outras vidas. Ser vegano?! Não, é radicalismo. Dirão os amantes do churrasco. Vegetariano?! É exagero. Dizem os glutões.
As contradições relativas as posturas são visíveis, porém não se reflete sobre. É preferível permanecer nos moldes que ofereçam prazeres. Eis o fim das buscas de todos os viventes! Prazer.
Por Ele toda lógica é subvertida.

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