Pular para o conteúdo principal

Mundo corporativo

As empresas funcionam como micro reinos...
Isso não é novidade para bons observadores.
Se ainda não a vê desta forma reflita sobre a seguinte frase: "para os amigos do rei o luxo; para os inimigos, a lei".
Ou Tome o caminho da observação para notar a similitude dos lambedores do rei com os empregados modernos (o Duque que pensa ser conde, o rei que julga-se Deus...):
O coordenador que quer ser chefe, o superintendente que pensa ser Deus e vangloria-se de sua posição, pois nem precisou estudar para isso, os próceres que desconhecem concordância verbo-nominal; o bacharel em direito (qual vai às nuvens ao ser chamado de doutor sem o sê-lo), Diretores que barbarizam ou praticam solecismos diuturnamente; a secretária que está pronta para abrir o sorriso após ironizada ou ridicularizada; o vice diretor louvaminheiro com aquele sorriso plástico e uniforme aos do seu interesse. O operário (a mula da tropa) que tudo faz, mas não tem caminhos abertos por não ter poder de persuasão, por não dizer o querem ouvir... ou simplesmente pelo preconceito a sua origem (porém, após sua demissão entram em prática suas propostas). Ou seja, para os amigos do chefe: facilidades - para "os" não amigos: regulamentos!
No reino, os favores são partes dos interesses políticos de sua majestade, nas empresas os favoritos são os que promovem a autoestima do presidente (lembrando que autoestima, aqui, não é lucro).
Em reinos conseguem-se títulos, nas empresas buscam-se promoções (uma forma de enobrecimento moderno).
Enfim, um escritório pode ser comparado, também, a um álbum de figurinhas onde permanecem somente as devidamente padronizadas em cor, tamanho, classe, contemporaneidade. As diferentes são olvidadas num canto da gaveta, os diferentes são relegados a estagnação salarial, sobretaxados e dispensados em momento oportuno. Demonstrando a inutilidade dos programas de R.H. baseados em preceitos psicológicos, nas teorias toscas de Max Gehrigher ou nos modelos boçais de Augusto Cury. Eis o mundo das corporações.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.

Resenha: A pedagogia e as grandes correntes filosóficas.  A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.  (Bogdan Suchodolski) É apontado como espectro fundamental da questão dos entendimentos pedagógicos, isto é, a linha inicialmente escolhida delimita o campo interpretativo indicador da realidade pretendida para a área em questão. Pedagogia de Platão e pedagogia Cristã A diferenciação do mundo da “ideia perfeita” e do “mundo das sombras” não é exógena ao ser, mas imanência diante das buscas e realizações. A busca da realidade ideal funda a pedagogia da essência ou como dizem: sua essência verdadeira. Para Platão o conhecimento vem das “reminiscências observadas no mundo da ideia perfeita”. A pedagogia cristã reformulou este pensamento rompendo com o empirismo apoiando-se na ideia de um mundo ulterior e adequado a vida do espirito. Ainda sob influência da filosofia o cristianismo se apega a propósitos peripatéticos no conjunto antinômico matéria – forma aceit

Minha futura ex-mulher

Diz a convenção: – Que fale agora ou cale-se para sempre! Fim da frase início de uma vida a dois (no mundo ocidental e na bitola religiosa mercantilista de algumas sociedades: casamento). Isso pode ser bom para muitos, tanto é que os índices aqui, na China e na Índia estão crescendo com o vapor das respectivas economias.  Sei que partes dos casamentos não precisam de um padre com suas frases monótonas nem um monge dizendo: “quando estiverem falando línguas diferentes basta ir para um canto da casa e ficar zen”, mas constantemente há um protocolo tosco que quase sempre dá em nada ou em juízo - independente da cultura. Dia desses estava dado nos jornais que o índice de casamento está em alta por aqui - também o divórcio tem crescido não proporcionalmente. Os separados casam-se novamente inflando o índice. Estranho, mas casam-se pela segunda e terceira vez. Tenho um amigo que complementa essa estatística em todos os formatos. A busca, o encontro, a união, a desunião e a repetiçã

Vulnerant omnes, ultima necat

Esta inscrição (título) em Latim (como outras tantas) encerra um caráter excessivamente preciso sobre a vida ou sobre nossas ações e o modo como "não" percebemos o mundo. Talvez possa induzir fracos pensarem que nada valha fazer porque a ordem de tudo é um fado... Mas o que pensam sobre tal frase os que não se importam com os demais?   Não percebem que caminhamos todos para um nada comum! Homicida não é somente aquele sujeito que tira a vida do outro, mas todos aqueles que impõem suas veleidades sobre os demais para vantagem pessoal. Qual a diferença de falastrões, profetas, marqueteiros, palestrantes e políticos? Nenhuma... Em equivalência não atentam para os ponteiros da vida e não entendem o significado dos dias em que " vulnerant omnes, ultima necat *. Que sim, algumas de suas verdades não valem um quinto do que lhe é dado. Que tantas outras que tornariam a vida de "muitos" melhor é deixada de lado... Porém cada um olha apenas pa