Quem não gosta de cidades pequenas? Sempre ouvimos as pessoas dizendo gostar do clima, da calmaria, da tranquilidade impregnada em pequenas cidades. Diferente das metrópoles em tudo uma cidadezinha esconde todas as características e semelhanças das maiores.
Devemos lembrar que estes elementos não são imanências da cidade em si, mas das pessoas que cumprem um ritual sociológico. Logo se nota que o mérito aqui é tratar dos vícios humanos em relação ao poder.
O interlocutor aflito e apoplético logo dirá: - "como assim? Numa cidade pequena as pessoas são humildes, se cumprimentam, são amigáveis, sentam-se nos bancos das praças (ou da praça) para ver a tarde cair... Não entendo..."
No entanto existe a rotina sem tom de paisagem que o turista olha, mas não ver!
Estas cidadelas costumam ter "um juiz"; "um delegado"; "um médico"; alguns policiais e não muitos vereadores, mais dois advogados e lógico os filhos dos poderosos que parecem ter mais poder que os próprios investidos. Talvez por conta do pequeno volume de poderosos num lugar, este grupo, sem esquecer do prefeito, pensam ser os deuses locais. Não que estes sujeitos (em sua maioria) não se sinta um deus fora do olimpo e do seu tempo em qualquer lugar da face da terra, mas a propensão a magnitude divina toma azos de régulos quasímodos feudais quando esta figura é exígua no lugar.
Nestes ambientes um título vale quase boa conta bancária. O título de doutor, padre, delegado ou policial é um sinônimo de liberdade total (eu sou a lei - eles dizem ou estou no cume, dependo do ouvinte e do emissor); esses pequenos deuses modernos desbancam a "Lei" com aquela velha pergunta: - você sabe com quem está falando? Nestas plagas ter uma designação pomposa é um convite para ser soberbo, corruptor, indecente e explorador.
Porém, qual a diferença dos sujeitos da cidade grande? Está apenas nas pessoas de baixa renda que estão livres dos moldes do trabalho assalariado, desobrigados do ritmo mecânico das metrópoles, do sobe e desce e das caras iguais atrás dos óculos escuros. Ali os sujeitos permitem que aflorem seu "eu" livre dos jogos de cena que impregna as relações nas megalópoles. Onde novos semideuses sucumbem em mansões que custam milhões (sempre na perspectiva da exploração do outro de qualquer maneira que o sistema permitir...).
Não há diferença! E se há está nos olhos de quem as deseja. O homem dentro de um sistema é equivalente em qualquer lugar do planeta. O que muda são suas ferramentas de exploração e o grau de conhecimento desenvolvido qualificado em forças centrifugas a partir das honrarias que cria para garantir a ordem de suas conquistas.
Segue o povo feliz obedecendo a seus régulos ou semideuses locais desatentos a auto gestão e anarquia que nega essa mistificação humana "conquistada através do trabalho de todos" cujo benefício é exclusivo de poucos: os que pensam serem deuses de seu pequeno olimpo. Penso já diante de tanta impunidade e desigualdade que realmente o são.
Devemos lembrar que estes elementos não são imanências da cidade em si, mas das pessoas que cumprem um ritual sociológico. Logo se nota que o mérito aqui é tratar dos vícios humanos em relação ao poder.
O interlocutor aflito e apoplético logo dirá: - "como assim? Numa cidade pequena as pessoas são humildes, se cumprimentam, são amigáveis, sentam-se nos bancos das praças (ou da praça) para ver a tarde cair... Não entendo..."
No entanto existe a rotina sem tom de paisagem que o turista olha, mas não ver!
Estas cidadelas costumam ter "um juiz"; "um delegado"; "um médico"; alguns policiais e não muitos vereadores, mais dois advogados e lógico os filhos dos poderosos que parecem ter mais poder que os próprios investidos. Talvez por conta do pequeno volume de poderosos num lugar, este grupo, sem esquecer do prefeito, pensam ser os deuses locais. Não que estes sujeitos (em sua maioria) não se sinta um deus fora do olimpo e do seu tempo em qualquer lugar da face da terra, mas a propensão a magnitude divina toma azos de régulos quasímodos feudais quando esta figura é exígua no lugar.
Nestes ambientes um título vale quase boa conta bancária. O título de doutor, padre, delegado ou policial é um sinônimo de liberdade total (eu sou a lei - eles dizem ou estou no cume, dependo do ouvinte e do emissor); esses pequenos deuses modernos desbancam a "Lei" com aquela velha pergunta: - você sabe com quem está falando? Nestas plagas ter uma designação pomposa é um convite para ser soberbo, corruptor, indecente e explorador.
Porém, qual a diferença dos sujeitos da cidade grande? Está apenas nas pessoas de baixa renda que estão livres dos moldes do trabalho assalariado, desobrigados do ritmo mecânico das metrópoles, do sobe e desce e das caras iguais atrás dos óculos escuros. Ali os sujeitos permitem que aflorem seu "eu" livre dos jogos de cena que impregna as relações nas megalópoles. Onde novos semideuses sucumbem em mansões que custam milhões (sempre na perspectiva da exploração do outro de qualquer maneira que o sistema permitir...).
Não há diferença! E se há está nos olhos de quem as deseja. O homem dentro de um sistema é equivalente em qualquer lugar do planeta. O que muda são suas ferramentas de exploração e o grau de conhecimento desenvolvido qualificado em forças centrifugas a partir das honrarias que cria para garantir a ordem de suas conquistas.
Segue o povo feliz obedecendo a seus régulos ou semideuses locais desatentos a auto gestão e anarquia que nega essa mistificação humana "conquistada através do trabalho de todos" cujo benefício é exclusivo de poucos: os que pensam serem deuses de seu pequeno olimpo. Penso já diante de tanta impunidade e desigualdade que realmente o são.
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