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Anagramas: Pensei fosse poesia...


                                                               K:

Vislumbre flor
Singeleza gama
Fito opor
Doudivana voo
Desentendo amor
Antonomásia Ana
Solipsismo reservado a mim “cor”
Eikos dulcíssimo anagrama
Púbere dissabor
Desconhece maleita insana
Levam-na esplêndido andor 
Okies ver-te-ei ama
Ausência seu calor
Corpo flama.

________________________


S: 

Sobre ela:
Doce olhar
Paralaxe
A extasiar
Fino lábio
(ausência)
Tomo fantasiar
(reminiscência)
Cores, um lugar
Doce lábio
Fino olhar.

________________________


E:
Egéria meso oriente
Tua presença me arrefece
Por seu nefelibatismo 
Ceve-me
Singelo ventre
Me aquece
Farto amplexo
Me fortalece.
Fina estampa
Tece-me
Grenhas ao vento
 Verve
Olhar prisioneiro
Me Liberte!

________________________


O:

Senti
Sem fim
Sem ti
Sem sim
Em ti
Senal
Senti
Sina
Sem ti 
Sensabor
Senti
Em fim
Sine die
Em mim

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Anagrama I: derradeiro.
Sobre a fantasia:
De chofre elas chegam. Nos tomam de sentimentos. Não nos sentimos aptos a imaginar sua origem tão menos prever seu fim...
Sobre desejar:
Crepúsculo aparentemente perene findado num luscofusco solipso.
Sobre o fim do desejo:
Sim e não. Aurora a arrazoar o plausível. A razão tende a operar sobre a emoção. Do contrário seria uma história do que chamamos de amor... O que é amor afinal? Seria um desejo intenso? Resumir-se-ia a um desejo com projetos de toda sorte? Desejo físico, atração, tesão? Ou um desejo em desejar especificamente "uma forma de desejar" alguém porque este alguém é a materialização do seu desejo? Nada sei sobre o desejo além de notar que não realizado é sagaz incomodo que tende a dirimir-se tanto no "sim" quanto "não". 


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