Pular para o conteúdo principal

Um país alienado. Nãããoo!!!



Um povo apolítico é um povo sem identidade e sem futuro -   quando pensamos num sentido sociológico evolutivo. 
O futuro do brasileiro será a refinação das bestialidades do presente e o aumento do parasitismo da elite em relação as suas formas de devorar os pobres e seus cérebros vazios dados ao futebol ou a novela; para não falar nas novas ações televisivas para blindagem da mente dos sujeitos sociais (BBBs, UFCs e outros E-s). Como resultado um cidadão blindado, preso numa bolha de ignorância e consumo de lixo com cortes culturais forjado no marketing das empresas.
A alienação está dada Brasil a fora: o sudeste vai atrás de um time de futebol e de uma bateria que nada diz à arte (tudo é carnaval) - recentemente dado a uma sonoridade esdruxula (funk da pior categoria) carregada de letras baixas importadas das periferias: originárias dos laboratórios de entorpecentes tomam conta do país, principalmente, da juventude (também adultos ainda imbecilizados) em proporção igual. Apoiam-se em programas de TV que tendem a nivelar a cultura nacional por baixo. Estão conseguindo...
O nordeste segue um trio elétrico (1 caminhão, 100 caixas acústicas, 10.000 watts de potencia, 1.000.000 idiotas seguindo) com a duas notas (musicais) por quilômetros a fio; o sul... Este parece estar mais adiantado - ledo engano creditado a inteligência de seus antepassados, não vai longe, já importa as ladainhas monótonas do nordeste (falo do horror da música baiana do presente e do tecno brega do norte - mais cantadas que o hino nacional); o centro oeste se divide entre um time e um trio, o jogo do bicho e o que chama de nova música sertaneja (na verdade uma mistura de música brega com raros acordes da verdadeira música sertaneja); o norte. Bom... Estão levando aos poucos todas as imbecilidades mercantis para lá também - já vive da vontade de ficar rico. Feliz por torcer por um time e seguir trios elétricos chamando-os de bois vertidos em arremedos tecnos com uma roupagem do brega local, ainda assim não aceitam que chamem essas ladainhas bestiais de tecno brega.  
Quando matamos a religião deveríamos ter deixado claro que a forma de vida mais inteligente começa pelo entendimento político de seu respectivo lugar e não em seguir religiosamente um clube de futebol ou de uma dança babaca que chamam de elemento cultural. Também deixar claro que a fugacidade da vida não requer o desespero parvo do presenteísmo, mas um equilíbrio epistemológico e eugenista. 
Não há solução a curto prazo.
Estamos condenados a essa existência fantasmagórica enquanto minoria que olha para a realidade com vontade de alterá-la e não fazer parte do "deixe fazer deixe passar" - do banal. A amoralidade e a imoralidade dão o mote da arte mercadológica: nisto o povo está satisfeito e desatento ao resto (esse resto começa pela educação e pela cultura em seu sentido mais digno). Penso que Vespasiano estaria altamente realizado vivesse na atualidade.


_____________________________________________________________
Base para comentário:
http://humanocronico.blogspot.com.br/2011/08/republica-federativa-de-babacolandia.html

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/06/01/analise-o-nao-voto-e-a-confianca-nos-deputados-federais/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.

Resenha: A pedagogia e as grandes correntes filosóficas.  A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.  (Bogdan Suchodolski) É apontado como espectro fundamental da questão dos entendimentos pedagógicos, isto é, a linha inicialmente escolhida delimita o campo interpretativo indicador da realidade pretendida para a área em questão. Pedagogia de Platão e pedagogia Cristã A diferenciação do mundo da “ideia perfeita” e do “mundo das sombras” não é exógena ao ser, mas imanência diante das buscas e realizações. A busca da realidade ideal funda a pedagogia da essência ou como dizem: sua essência verdadeira. Para Platão o conhecimento vem das “reminiscências observadas no mundo da ideia perfeita”. A pedagogia cristã reformulou este pensamento rompendo com o empirismo apoiando-se na ideia de um mundo ulterior e adequado a vida do espirito. Ainda sob influência da filosofia o cristianismo se apega a propósitos peripatéticos no conjunto antinômico matéria – fo...

Vulnerant omnes, ultima necat

Esta inscrição (título) em Latim (como outras tantas) encerra um caráter excessivamente preciso sobre a vida ou sobre nossas ações e o modo como "não" percebemos o mundo. Talvez possa induzir fracos pensarem que nada valha fazer porque a ordem de tudo é um fado... Mas o que pensam sobre tal frase os que não se importam com os demais?   Não percebem que caminhamos todos para um nada comum! Homicida não é somente aquele sujeito que tira a vida do outro, mas todos aqueles que impõem suas veleidades sobre os demais para vantagem pessoal. Qual a diferença de falastrões, profetas, marqueteiros, palestrantes e políticos? Nenhuma... Em equivalência não atentam para os ponteiros da vida e não entendem o significado dos dias em que " vulnerant omnes, ultima necat *. Que sim, algumas de suas verdades não valem um quinto do que lhe é dado. Que tantas outras que tornariam a vida de "muitos" melhor é deixada de lado... Porém cada um olha apenas pa...

Cabelo ao vento

Que passas... (?)                     Ao luar; Quais sinas... (?)                     Hão aquietar; Que mares... (?)                    Há de singrar; Dos amores!                    Feliz, amainar; Da sagacidade...                    Intuspecta cor – relumar; Do cabelo a brisa...                    Sibilista olhar; Por Febe semp’ terna        ...