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Salve o eufemismo!



O vício na claudicação (com a face de mais vantagem¹) ganhou nomes que vão para lá de agradáveis numa sociedade capitalista e organizada. 
Salve s sociedade capitalista e organizada mãe de quase todas as bestialidades humanas!
O roubo de um político não é exatamente um “roubo” é quebra de decoro parlamentar;
O desacerto linguístico numa música é uma licença poética;
A desobediência ao plano de metas de um órgão público não qualifica pilhagem, sim má versação do dinheiro público;
Carestia, ágil, preços abusivos não são extorsão nem exploração, mas inflação;
A moda do empréstimo é a licença da usura, etc,.
Salve o eufemismo mercadológico, político e artístico!
Irascível, eu?
Só não quero ser um atleta que carrega o nome de uma empresa nas nádegas para brilhar diante das câmeras da TV oficiosa respondendo as perguntas óbvias dos repórteres que parecem ter fugido das aulas de seu idioma e de raciocínio lógico; não quero ser a calipígia que mostra seu anus e quase o clitóris aos vermes masculinos da lascívia por 500 dinheiros. Menos o analfabeto funcional (o tolo das novas arenas Vespasianas) que corre atrás de onze homens e uma bola para ser chamado herói da pátria de chuteiras. Ainda menos o parvo que consome livros  motivacionais (autoajuda) para ter uma meta na vida ou porque precisa crer em alguma entidade, nem jamais ser desses apóstolos mercadológicos investidos de escritores (Paulo Coelho, Augusto Curi, Max Gehringer e os novos bispos do povo: os protestantes ricos) com manuais perfeitos para a vida dos bonecos sociais do trabalho e da fé. Nem tendo ser o verme que pintei há pouco.
A arte e a vida que a farsa não compra está no submundo ou num plano superior ausente da manipulação de mercado, poucos conseguem vislumbrar.
Não, não estou no ninho de águia! Ainda procuro! Tanto o ninho como ficar longe das farsas que moldam essa sociedade das patranhas mensuráveis, dos projetos sesquipedais em função do benefício de uma classe social, da teatrocracia mambembe, não obstante de soberba refinada na suas próprias fraquezas.






1 - Alusão a ideia de mais valia de Marx.

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