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Ilusões da Bílis

Os sentidos licenciaram-se! Pobres sentidos que dependem de algum tipo de prazer para alimentar o grão mestre "cérebro".
Momento de intuspecção tomado por descontentamento:
Esteve a vida na contramão. Nunca teve lugar seguro nem em si nem nos outros. Está cego mais uma vez. Um mundo louco desprovido de sim e de não. Sem a pauta da verdade ou do erro. Ah esse mundo...
As ilusões não são mais somente suas ilusões. Se tornaram pechas daquela existência; um desastre do imo sobressaindo às vistas dos que não conhecem outras formas de entendimento e se reconhecem como detentores da razão. Ah conhecimento... De nada serve o quando não há possibilidade de permutar em tempo presente. A bílis não espera! 
Os conflitos: ternos degraus da mente; companheiros mais queridos - nada diz de novo. Sobras de inúmeras incertezas podem ser úteis - talvez. Não mais ajudam a fingir porque de incertezas petrificadas soçobraram os fidos. Não se quer nada delas! Está farto!
O mundo é um grito esquálido e parvo por socorro (salvem a natureza! E a do homem também se ela existir!).
Não há vida decente, há manutenção de pretensões. Não existe porto seguro. Parece uma farsa que perde seu valor de verdade na bolha que tem como objetivo qualquer ilusão barata chamada felicidade.
As músicas; o protesto (o prazer e reforço da repulsa aos samicas); o traço do poeta ou dos cubistas já soa monótono. Nada diz a não ser que "estamos vencidos..."
A inércia pertence também a um estádio de enlevação. Pensam disso os nefelibatas enquanto não são feridos.
Solto num átimo. Coleia pelos campos. Nada encontra... Se quer a si. 
A não cegueira atinada pela convivência, a não mudez ao estupor das bestialidades consumadas em práxis: a loucura, a inconformação: as ilusões.
Revolta observar estratagemas dos abrutes desde aquele "conto de fardas". O erro é não respirar o insólito e inebriante prazer fugaz aceito e festejado. Não existe satisfação às avessas. Viver a fuga do tacanho torna desusado o ser.
Solipso! Mas para onde contrafazendo, portanto? Por que feliz deste, ou daquele modo, para quem dissimulando isso? Talvez se possa questionar: E vocês? 
Tudo bem... Já passaram...

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