O homem não pode ser pensado
fora do materialismo. Toda ação e reação é dada pela lógica material e por sua
concepção de ultra materialidade capaz de forjar a matéria além da matéria como
elemento sublime e condicionador. Disto fundam-se suas fraquezas e virtudes. O
que é grandeza para "um" é pusilanimidade para outro. O escândalo de
dois é bem aventurança àqueles. A vida é sim e não num átimo ou num milênio. As
buscas se repetem em suas formas em qualquer período, tempo ou espaço.
Refinadas ou não são equivalências das anteriores e futuras.
Quando o sujeito não
encontra equivalências ou respostas adequadas para suas questões, a
interrogação agiganta-se, tende a cair num vazio e seu pano de fundo é a
penumbra ou o condicionamento da mente a alguma entidade.
O olho enlouquece, busca
novos ângulos, não adianta; lembra que além do que os olhos alcançam está a
obscuridade; quer enxergar o que as pupilas não captam, divagações
formam novos vértices.
Investigações contínuas em
todos os cantos da mente a fim de desvendar o que há depois do EU.
Em todos os
tempos este ponto (a inexistência do EU) tem gerado indivíduos alienados por
mistificações de todas as sortes no prazer de imaginar um mundo melhor fora
deste, outros satisfeitos em não querer nenhuma vida além desta e não ser
vitima de alucinações miraculosas ou mefistofélicas (diabólicas). O homem quer
fugir das grades do pensamento formadas pela sua ignorância, no seu
"não conseguir entender" o que está além dos olhos perde-se, vive-se
para a prisão que há contraditoriamente diante de qualquer sentimento de
liberdade, uma vez que a liberdade é o molde oferecido por instituições, logo
estamos presos num emaranhado obrigações, moralidades e pensamentos obedecendo
ou burlando essas obrigatoriedades institucionais, enfim estagnamos no
obedecimento ou na negação, preocupados com o fim do EU, entregues a vida,
acreditando, querendo, fingindo, vivendo...
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