Pular para o conteúdo principal

O Círculo no homem



O homem não pode ser pensado fora do materialismo. Toda ação e reação é dada pela lógica material e por sua concepção de ultra materialidade capaz de forjar a matéria além da matéria como elemento sublime e condicionador. Disto fundam-se suas fraquezas e virtudes. O que é grandeza para "um" é pusilanimidade para outro. O escândalo de dois é bem aventurança àqueles. A vida é sim e não num átimo ou num milênio. As buscas se repetem em suas formas em qualquer período, tempo ou espaço. Refinadas ou não são equivalências das anteriores e futuras.
Quando o sujeito não encontra equivalências ou respostas adequadas para suas questões, a interrogação agiganta-se, tende a cair num vazio e seu pano de fundo é a penumbra ou o condicionamento da mente a alguma entidade.
O olho enlouquece, busca novos ângulos, não adianta; lembra que além do que os olhos alcançam está a obscuridade; quer enxergar o que as pupilas não captam, divagações formam novos vértices.
Investigações contínuas em todos os cantos da mente a fim de desvendar o que há depois do EU.
Em todos os tempos este ponto (a inexistência do EU) tem gerado indivíduos alienados por mistificações de todas as sortes no prazer de imaginar um mundo melhor fora deste, outros satisfeitos em não querer nenhuma vida além desta e não ser vitima de alucinações miraculosas ou mefistofélicas (diabólicas). O homem quer fugir das grades do pensamento formadas pela sua ignorância,  no seu "não conseguir entender" o que está além dos olhos perde-se, vive-se para a prisão que há contraditoriamente diante de qualquer sentimento de liberdade, uma vez que a liberdade é o molde oferecido por instituições, logo estamos presos num emaranhado obrigações, moralidades e pensamentos obedecendo ou burlando essas obrigatoriedades institucionais, enfim estagnamos no obedecimento ou na negação, preocupados com o fim do EU, entregues a vida, acreditando, querendo, fingindo, vivendo...




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.

Resenha: A pedagogia e as grandes correntes filosóficas.  A pedagogia da existência e a pedagogia da essência.  (Bogdan Suchodolski) É apontado como espectro fundamental da questão dos entendimentos pedagógicos, isto é, a linha inicialmente escolhida delimita o campo interpretativo indicador da realidade pretendida para a área em questão. Pedagogia de Platão e pedagogia Cristã A diferenciação do mundo da “ideia perfeita” e do “mundo das sombras” não é exógena ao ser, mas imanência diante das buscas e realizações. A busca da realidade ideal funda a pedagogia da essência ou como dizem: sua essência verdadeira. Para Platão o conhecimento vem das “reminiscências observadas no mundo da ideia perfeita”. A pedagogia cristã reformulou este pensamento rompendo com o empirismo apoiando-se na ideia de um mundo ulterior e adequado a vida do espirito. Ainda sob influência da filosofia o cristianismo se apega a propósitos peripatéticos no conjunto antinômico matéria – forma aceit

Minha futura ex-mulher

Diz a convenção: – Que fale agora ou cale-se para sempre! Fim da frase início de uma vida a dois (no mundo ocidental e na bitola religiosa mercantilista de algumas sociedades: casamento). Isso pode ser bom para muitos, tanto é que os índices aqui, na China e na Índia estão crescendo com o vapor das respectivas economias.  Sei que partes dos casamentos não precisam de um padre com suas frases monótonas nem um monge dizendo: “quando estiverem falando línguas diferentes basta ir para um canto da casa e ficar zen”, mas constantemente há um protocolo tosco que quase sempre dá em nada ou em juízo - independente da cultura. Dia desses estava dado nos jornais que o índice de casamento está em alta por aqui - também o divórcio tem crescido não proporcionalmente. Os separados casam-se novamente inflando o índice. Estranho, mas casam-se pela segunda e terceira vez. Tenho um amigo que complementa essa estatística em todos os formatos. A busca, o encontro, a união, a desunião e a repetiçã

Vulnerant omnes, ultima necat

Esta inscrição (título) em Latim (como outras tantas) encerra um caráter excessivamente preciso sobre a vida ou sobre nossas ações e o modo como "não" percebemos o mundo. Talvez possa induzir fracos pensarem que nada valha fazer porque a ordem de tudo é um fado... Mas o que pensam sobre tal frase os que não se importam com os demais?   Não percebem que caminhamos todos para um nada comum! Homicida não é somente aquele sujeito que tira a vida do outro, mas todos aqueles que impõem suas veleidades sobre os demais para vantagem pessoal. Qual a diferença de falastrões, profetas, marqueteiros, palestrantes e políticos? Nenhuma... Em equivalência não atentam para os ponteiros da vida e não entendem o significado dos dias em que " vulnerant omnes, ultima necat *. Que sim, algumas de suas verdades não valem um quinto do que lhe é dado. Que tantas outras que tornariam a vida de "muitos" melhor é deixada de lado... Porém cada um olha apenas pa