A certeza é a primeira morte, a segunda é a visceral paixão por
algo ou alguém.
Assim como não escapamos de ambas devemos colher o que há de
melhor nelas.
Nas nossas certezas estão nossas paixões e vice-versa, então como
vivemos numa intensa busca realizadora nem sei do que - nada custa não ter
certeza de nada para que a vida não pareça um roteiro escrito por quem lhe
aprouver.
Aliais os indígetes que assistimos (como única fuga para o real ou
do real) estão em nosso imo desde que o temos - num senso patético impregnado
de vontade, gozo e realização pululamos as cidades fingindo ser bem aventurados
e estarmos bem, sempre com um sorriso plástico pronto para a quimera da
satisfação. Veja a síntese do mito e o que transformou em religião, As regras,
a moralidade e a ética. Todos os elementos espectrais. Certeza é terreno
infértil. Sim e não nos matará!
Certo de vida fruir é rota de desejo.
Nisto passamos a ser subproduto ou apenas um produto criado pelo
próximo para sua auto realização, este por sua vez, crer prestar bons serviços
à humanidade, pois está escrevendo seu nome na estória dos outros, E que tais
sejam subterfúgio angariadores de outras paixões, por suas certezas fornecidas,
não é justo definir que outro deva acreditar e viver certo que tal forma seja a
melhor para tantos.
Mas o que nos dá tanta certeza a vender nossos projetos para os
outros?
Somos obrigados a acreditar no que nosso meio acredita ser seu
"bom e viável, sua eugenia", na verdade não estamos certos de nada,
só fingimos atender alguém que diz estar certo, ou seja, as certezas ou as
paixões de alguém ou alguns é que nos dá o rumo. Sabemos não servem para mais
ninguém a não ser a quem cria o método. Livros de autoajuda servem para quem ler
ou para quem vende? Um produto encarecido pela mídia intensa está a serviço de
quem? Uma novela, um enlatado cinematográfico, uma série é mais útil espectador
ou ao autor?
Os títeres estão dentro e fora dos teatros, logo ao lado num belo
sofá sentados em seus trapos mentais.
Só a epistemologia ontológica é capaz de libertar o ser de si
mesmo e torna-lo em a si.
Essencialismo? Não!
Na sociedade o "plexo sagrado" é uma a roda.
Desvencilhe-se dela para criar uma nova e entender o que mais quer...
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